Por que eu amo o “Come-se”

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Nesse mundo de “food-bloggers-celebridade” em que vivemos, encontrei um oásis. Um lugar isento das modinhas gastronômicas, dos clichês, da ostentação de layouts modernosos, followers e likes.

O blog “Come-se“, da nutricionista Neide Rigo, é, além de famosíssimo, muito respeitado. Aliás, é uma referência não só no Brasil como em outros países, dada a relevância do seu conteúdo.

E sabe qual é a melhor parte? Ela não está nem aí pra isso…

Pra começar, o blog não tem domínio próprio. O layout é super simples e bem com cara de Blogger, nada de wordpress. A Neide não tem conta no twitter e muito menos o blog tem uma página no facebook. E a citação na qual ela resume a descrição do seu perfil é: “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.” (Guimarães Rosa em Grande Sertão: veredas).

Qualquer especialista em mídias sociais diria que esse é um blog antiquado, que levaria no mínimo alguns longos anos pra se destacar na blogosfera. Entretanto, o blog Come-se ficou entre os cinco finalistas do prêmio Weblog Awards 2011, concorrendo como “melhor blog latinoamericano“, e sabe o que mais? A Neide não fazia nem idéia de que havia sido indicada, muito menos que estava na final e quando finalmente soube, as votações já estavam encerradas. Ela não teve nem como fazer campanha pra pedir voto, foi o público que a colocou lá. Simples assim.

Eu poderia falar ainda horas e mais horas sobre as receitas maravilhosas da Neide, sobre o seu jeito gostoso de escrever, sobre a sua maestria em desconstruir mitos e ousar ser diferente, nesse meio onde a gente vê tanto “mais do mesmo”. Mas o que me motivou a falar do Come-se foram as grandes lições que ele deixa pra nós… tipo assim:

Que é muito melhor ter/escrever um blog puramente pelo prazer de fazê-lo. E que assim o reconhecimento até vem, mas você já está tão feliz que ele não tem mais o poder de te deixar deslumbrado(a).

Que estrelismo é uma coisa muito feia. E o contrário também é igualmente verdade: simplicidade é a coisa mais linda desse mundo.

Que respeito a gente conquista com trabalho. E no meu caso isso significa esquentar muito a barriga no fogão, estudar muito, aprender muito. O caminho é longo, e está só começando. Portanto coloco meu rabinho entre as pernas e me recolho à minha insignificância.

E posso falar? Neide: quando eu crescer, quero ser como você.

Imagens daqui

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